Literatura brasileira: pré-modernismo e modernismo


Pré-Modernismo (1902-1922)
Marco Histórico:
1902 – publicação de dois livros:
Os Sertões” de Euclides da Cunha
e  Canaã” de Graça Aranha
w  Não foi uma Escola Literária;
w  Só ocorreu no Brasil;
w  Foi a transição para a nossa Modernidade e maturidade  artística;
w  Sincretismo cultural;
w  Coexistência do tradicionalismo agrário das oligarquias dominantes com os novos extratos sociais urbanos;
a) Aspecto conservador:
Mentalidade positivista
w  “Pré”=influência das tendências passadistas (código e linguagem = forma).
b) Aspecto renovador:
Realidade brasileira
w  “Modernismo”=regionalismo crítico (temática).
Contexto histórico:
w  “belle époque”;
w  Vanguardas Européias;
w  Primeira Grande Guerra;
w  República Velha;
Graça Aranha  (1868-1931)
w  Obra: “Canaã”
w  Retrata a imigração alemã no Espírito Santo;
w  Obra argumentativa sobre os problemas nacionais;
w  Lentz = lei da força
w  Milkau = lei do amor
Euclides da Cunha  (1866-1909)
w  Primeiro grande pensador social do Brasil;
w  Obra:Os Sertões
w  Tema central: Revolução de Canudos (BA,1896-1897)
w  “ A Bíblia da nacionalidade”;
w  “Uma epopéia brasileira”;
w  Barroco científico:
O Brasil do Litoral  X  O Brasil do Sertão
(Homem do litoral) X (Homem do sertão)
= dois Brasis;
w  Relata a miséria nordestina;
w  Mistura Ciência e Arte;
w  Rigor científico;
w  Erudição e cuidado lexical;
w  Influência Positivista;
Divisão Determinista:
w  Primeira Parte: A Terra (meio) =descrição
w  Segunda Parte: O Homem (raça) =dissertação
w  Terceira Parte: A Luta (momento) =narração
Lima Barreto (1881-1922)
w  O cronista do preconceito e da opressão;
w  Autor singular do Pré-Modernismo;
w  Traços autobiográficos;
w  Retrata os problemas de seu tempo;
w  Urbanização do Brasil (capital carioca);
w  Crises sociais da Primeira República;
w  Descreve com clareza e simplicidade as miudezas e o cotidiano das classes suburbanas e desprivilegiadas do Rio de Janeiro do início do século XX;
w  Estilo panfletário, próximo da crônica jornalista;
w  Uma Literatura do povo e para o povo;
w  Linguagem simples e comunicativa;
w  Linguagem objetiva e informal;
w  Anonimização do homem;
w  Ironia fina e ponderada;
Obras importantes:
w  “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”
w  “Clara dos Anjos”
w  “Triste fim de Policarpo Quaresma”
w  “Os Bruzundangas”
Monteiro Lobato (1882-1948)
w  Literato, Político, Fazendeiro, Editor, incentivador das campanhas de petróleo e ferro no Brasil,tradutor, enfim, um Homem ligado ao seu tempo;
Escreveu:
Contos
Escritos políticos
Traduções
Literatura infantil
Jornalismo
w  O melhor contista no Pré-Modernismo;
w  Retratou a decadência do Vale do Paraíba;
w  Análise do subdesenvolvimento na Região do Vale do Paraíba;
w  Criador do símbolo caricato do caboclo brasileiro = JECA TATU;
w  Buscou um nacionalismo lingüístico = coloquialismo;
w  Desprezo pela ortografia tradicional;
Obras importantes:
w  “Urupês”
w  “Cidades Mortas”
w  “Negrinha”
Obs.: em 1959, quando da 9a edição das “Obras Completas” de Monteiro Lobato, a Editora Brasiliense dividia assim sua produção:
1a série – Literatura Geral (17 volumes)
2a série – Literatura Infantil (17 volumes).
Augusto dos Anjos (1884-1914)
w  “O poeta do escarro”
w  “O poeta da carne podre, do verme, do vômito”
w  “Doutor Tristeza”
w  “Poeta Raquítico”
w  Poesia pessimista, escatológica e satânica;
Tema principal: a morte física da matéria biológica;
w  Poeta inclassificável:
a)Potência verbal do simbolismo
b)Vocabulário científico-naturalista
c)Rigor formal do parnasianismo
w  Termos esdrúxulos
w  Preferência pelo rigor  formal(soneto)
w  Lirismo mórbido
Obra: “Eu” (1912)
Modernismo

Correntes de Vanguarda
Apresentam propostas e/ou práticas inovadoras – acreditam compreender as idéias do futuro antes delas se tornarem senso comum.
- conjunto de tendências artísticas com propostas específicas
- possuíam um sentimento de liberdade criadora
- desejo de romper com o passado
- a expressão da subjetividade
- certo irracionalismo

Futurismo
- certo ilogismo
- exaltar a ação agressiva
- mundo mais belo com a velocidade
- negação do passado – antipassadismo cultural
- glorificar a guerra, militarismo, patriotismo, e as máquinas
- a favor da energia elétrica, fumaça, pontes, locomotivas, aviões
- destruição da sintaxe
- disposição das palavras em liberdade – liberdade de criação
- substantivação da linguagem – verbos no infinitivo – versos nominais
- abolição dos adjetivos e advérbios
- abolição da pontuação
- MAIOR GANHO: verso-livre (sem metrificação regular) & brancos (sem rimas)
- simplificação da linguagem

Cubismo
- oposição à objetividade e a linearidade
- experiências com perspectiva – busca de novas perspectivas
- fragmentação da realidade
- flashes cinematográficos
- reunião de assuntos aparentemente sem nexo
- ilogismo
- humor
- simultaneidade de planos
- linguagem nominal
- ausência de pontuação

Impressionismo
- arte sensorial e subjetiva quanto ao modo de captação da realidade
- movimento de criação vai do mundo exterior para o interior
- resolve-se no plano da ação

Expressionismo
- movimento de criação vai do interior do artista para o exterior
- atenção dada à expressão – vazar sentimentos
- palavras em liberdade
- linguagem fragmentada e nominal
- questão social
- despreocupação com a organização do texto

Dadaísmo
- André Breton e Tristan Tzara
- o mais radical dos movimentos
- destruição da arte, caos, ironia
- ready-made – atribuir novos significados a objetos ao colocá-los em lugares diferentes
- de que serve a palavra se o mundo estava em guerra
- poesia sonora – onomatopéia

Surrealismo
- imaginário extraído do sonho – subconsciente – mundo interior mesclado à realidade
- ilogismo, deveneio, sonho, loucura, hipnose, humor negro, livre expressão dos impulsos sexuais, atmosfera onírica (relativa aos sonhos)

Semana de Arte Moderna – 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922
Reunião de vários artistas num mesmo lugar:
Musica – Villa Lobos, Guiomar Novaes
Escultura – Victor Brecheret
Pintura – Anita Malfatti, Di Cavalcanti
Literatura – Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Ronald de Carvalho

O público não aceitou essas idéias de vanguarda propostas pelos artistas. Mas a semana teve relevância para as décadas seguintes, sendo o estopim para o que seria o modernismo. Nunca no Brasil se reuniram tantos artistas com propostas tão inovadoras. Foi a convergência das idéias dos movimentos de vanguarda e o intercâmbio de idéias. A partir daí as obras modernistas seriam feitas, com as propostas apresentadas.

Linguagem do Modernismo

Modernismo
Parnasianismo
Nacionalismo
Universalismo
Revisão crítica de nosso passado histórico-cultural
Apego à tradição clássica
Valorização de temas ligados ao cotidiano
Arte pela arte ou arte sobre a arte
Subjetivismo
Objetivismo
Urbanismo
Presença da literatura greco-romana
Ironia, humor, piada, irreverência
Descritivismo
Versos-livres e palavras em liberdade
Versos regulares, decassílabos, e soneto
Síntese da linguagem, fragmentação, flashes cinematográficos, elementos surpresa, livre associação de idéias
Linguagem discursiva, retórica
Busca de uma linguagem brasileira mais popular e coloquial – mais acessível
Emprego da variedade padrão formal da língua, de acordo com o padrão lusitano

Pontuação relativa
Pontuação rigorosa


Primeira Fase do Modernismo no Brasil (1922-1930)
- solidificação do movimento renovador e divulgação das obras e idéias modernistas
- defendiam:
-a reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais
            - a promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais
            - a eliminação definitiva de nosso complexo de colonizados e o apego a valores estrangeiros
- defensores de uma visão nacionalista, porém crítica da realidade brasileira
- consolidação do modernismo a partir da destruição do institucional
- manifestação das características das vanguardas
- Oswald de Andrade lançou as diretrizes para o que deveria ser o modernismo
- `A maior orgia intelectual já vivida nesse país`

Representantes:
Oswald de Andrade – muito rico, politicamente informado e um intelectual (SP)
Mário de Andrade – poesia arlequial = multifacetada – SP como cidade (SP)
Manuel Bandeira
Alcântara Machado

Os escritores da época se dividiam em movimentos:

Pau-Brasil – a poesia de exportação
Oswald de Andrade trouxe e apresentou as idéias das vanguardas européias no Brasil, principalmente em SP. Ele propõem o que deveriam no Manifesto da Poesia Pau-Brasil.

- poesia brasileira exportável
- poesia que servisse para outros lugares
- buscariam criar um novo modelo de poesia
- deixar de copiar – contra a dominação cultural européia no nosso país
- poesia primitivista, construída com base na revisão crítica dos contrastes da realidade e da cultura brasileira (de nosso passado histórico e cultural)
- propunha uma linguagem brasileira "A língua sem arcaísmo, sem erudição" "A contribuição milionária de todos os erros."
- alguns dos poemas que surgiram a partir desse manifesto são conhecidos como poemas piadas – poemas curtos que geram reflexão em instantes

Como reação ao tipo de nacionalismo defendido por Oswald no Manifesto do Pau Brasil, surge o movimento:

Verde-Amarelismo e Anta
- defendiam um nacionalismo ufanista
- falavam que essa poesia que queriam que fosse original e exportada era na verdade afrancesada – era mesmo
- idealizavam o Brasil – idéia contrária ao proposto pelos modernistas
- símbolos da nacionalidade primitiva – anta e tupi.

Revidando com sarcasmo o primitivismo xenófobo da Anta, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral lançam em 1928 o mais radical de todos os movimentos:

Antropofagia: a deglutinação cultural
- Abaporu – em tupi – Antropofagia
- primitivismo crítico
- propunham a devoração da cultura estrangeira
- não negavam a cultura estrangeira, mas também não a copiavam.
- propunham a "devoração simbólica" da cultura estrangeira – aproveitando e apropriando suas inovações artísticas (o que há de bom), sem perder a nossa própria identidade cultural.
- chegam a conclusão de que se há uma sociedade brasileira com economia e filosofia, ela advêm de outras sociedades
- "Tupy or not Tupy, that is the question" – ser brasileiro, mas, mas não fechar os olhos ao estrangeiro – principalmente a língua.
- Revista da Antropofagia – primeira dentação
- eram contra a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições, sem penitenciárias.

Principais Autores


Oswald de Andrade: o antropófago do modernismo
- viajava para a Europa, o que lhe permitiu ficar a par das novidades propostas pelas correntes de vanguarda.
- Principal Obra: Manifesto Antropófago
- foi debochado, irônico e crítico – pronto para satirizar os meios acadêmicos ou a própria burguesia.
- seu conceito de nacionalismo é diferente daqueles propostos pelos românticos
- sem ser ingênuo e ufanista, ele defendia a valorização de nosso passado histórico e cultural de modo crítico.
- recuperando, parodiando, ironizando, e atualizando nossa história de colonização.
- sua visão de Brasil que ao mesmo tempo procura captar a natureza e as cores próprias do país, flagra também as contradições moderno-primitivas de nossa realidade
- primitivo (sapo e mata) X moderno (cinema e orquestra)

bucólica
- cubista em atitude
- elementos aparentemente sem nexo
- sem pontuação

maturidade – ready-made dadaísta – sentido na forma

a transação – sem pontuação, nominal, para falar do Brasil

- ruptura com os padrões da língua literária culta em busca de uma língua brasileira
- bom brasileiro é aquele que utiliza a linguagem espontânea, natural, acessível à todos
- fez uso de paródias, colagens e ready-made
- a idéia de que para entender a arte moderna é necessário ter uma mente aberta, sem preconceitos, para tentar descobrir nela as inovações e novidades.
- títulos com letras minúsculas



Mário de Andrade – vanguarda e tradição
- retratou muito SP
- buscando a identidade do Brasil e de seu povo
- descobrir quem era o brasileiro – o que forma sua identidade
- "o passado é lição para se meditar e não para se reproduzir" – rever o passado aproveitando o que ele oferece de melhor
- empreendeu várias viagens pelo Brasil como pesquisador – informações culturais, religiosas, folclores,
- verso-livre, rupturas sintáticas, flashes cinematográficos, neologismos, fragmentação
- introduziu em suas obras lendas, costumes e modos de falar regionais, ritmos, e danças populares
- buscando o conhecimento e o registro do Brasil – formação de uma identidade
- língua brasileira = síntese do português, dialetos indígenas, africanos, inúmeras variações lingüísticas com regionalismos, expressões coloquiais e estrangeirismos
- procurava valorizar os elementos nacionais, mas a partir de uma perspectiva crítica – analise crítica – mostrando as contradições da realidade nacional e do homem brasileiro
- Principal obra: Macunaíma

Macunaíma
- resultado de pesquisas da geografia, fauna, flora, e da cultura de diferentes regiões – linguagem propositalmente misturada e antropofágica
- plena realização do projeto nacionalista dos modernos
- - introduziu na obra lendas de origens diversas, anedotas da história brasileira e aspectos da vida urbana e rural do país, e introduziu personagens reais e fictícias, além de feitiçaria, erotismo e o absurdo surrealista – colagem cubista
- linguagem é uma mistura de vocábulos indígenas, africanos, frases feitas, expressões e provérbios populares, gírias – antropofagia da cultura brasileira
- é considerada pelo autor uma rapsódia – tipo de composição musical que utiliza uma variedade de motivos populares

"Herói de nossa gente" & "Herói sem caráter (definido)"
Macunaíma representa o brasileiro em todas as suas manifestações
- criança feia, filho do medo da noite – diferente da idealização de Iracema
- preguiçoso, inocente e ignorante, covarde, corajoso, ele ajuda, ele trai, ele mente – caráter indefinido
- brasileiro que não possui nem civilização própria e nem consciência tradicional
- quer ter uma vida fácil e sem esforço
- características negativas superam as positivas
- Jiguê e Maanape são seus irmãos
- Macunaíma se transforma de feio em príncipe e suas brincadeiras possuem uma forte conotação sexual
- de negro ele vira branco, de inseto para pato – surrealismo – ele aparece em diversos lugares
- ele também morre e ressuscita várias vezes
- criança maldosa
- referência às estrelas e sua origem
- referência à mitologia e as epopéias – buscar aventuras e matar a mãe
- herói sem poderes sobrenaturais – um imperador sem poder
- referência ao folclore – origem do negro, índio, branco – etnias brasileiras
- fundo preconceituoso – ser branco é melhor do que ser negro – ele é irônico ao falar da pele escura dos irmão, e a própria vontade dos irmão de serem brancos que nem ele (negro quer ser branco – melhor)
- sociedade brasileira sem caráter
- Macunaíma é uma espécie de anti-herói, pois não é idealizado, não possui o caráter nobre e nem a paixão pela pátria perfeita – românticos.


Manuel Bandeira
- principal poeta da primeira fase
- o mestre do verso livre no Brasil- conseguiu dar sentido a poemas curtos e longos, com versos irregulares
            - paisagens amplas – verso longo
            - lugares estreitos – verso curto
- buscou uma atuação mais isolada
- papel decisivo na solidificação da poesia modernista – verso-livre, língua coloquial, irreverência, liberdade criadora
- alargamento da lírica nacional pela capacidade de extrair poesia das coisas aparentemente banais do cotidiano
- temas algumas vezes considerados baixos, as ações habituais do cotidianos, cultura popular
- simplicidade e despojamento
- apesar de retratar temas como infância e sentimentos, ele era moderno porque as lembranças são concretas e vividas e não idealizadas – davam paixão pela vida

Temas tratados:
- paixão pela vida – mesmo com a morte como sobra
- morte – teve tuberculose e disseram que ele morreria aos 18, mas ele só foi morrer aos 82 anos com todos as restrições impostas pela doença
- amor
- erotismo
- solidão
- angústia existencial
- cotidiano – as pessoas simples eram muitas vezes objeto de sua poesia
- a infância

Poemas:
Os sapos
Poética
Evocação do Recife

Obras:
1930 Libertinagem
1936 Estrela da Manhã

Evocação do Recife
- trazer à lembrança os 4 anos que passou em Recife e onde construiu sua mitologia a partir das pessoas presentes em seu cotidiano
- descrição da cidade de Recife
- folclore e cultura popular
- Recife que não é nem o histórico, e nem o turístico – Recife de sua infância – retrato feito de modo subjetivo
- eu lítico coloca-se tanto como criança (experiências e brincadeiras) quanto como adulto (analisa os fatos)
- cotidiano, coisas simples da cultura popular: brincadeiras, cirandas, festas juninas, nomes de ruas, crenças populares, festas típicas
- irregularidade métrica e na pontuação
- ausência de pontuação em certos versos sugere continuidade e rapidez das ações
- cheias – versos compridos – imensidão do caos trazido
- a língua do povo – é correta o bastante para que se comunicam com naturalidade, espontaneidade – tradição oral
- linguagem gramaticalmente incorreta nas é certa em termos de variações lingüísticas
- aqueles que macaqueiam são todos aqueles que acreditam que a forma culta é a mais correta
- palavras comuns e "erradas"
- moderno porque buscava tornar a linguagem mais acessível

Pneumotórax – a vida inteira que podia ter tido mas não teve pela doença
- vida restrita
- tocar tango argentino – dançar conforme uma música dramática, melancólica, nervosa
- escrevendo sobre a morte- trações autobiográficos

Momento num café
- enquanto alguns estavam confiantes de que tudo na vida daria certo, ele observa a morte e tem uma visão pessimista da vida
- pessoas vivem correndo para fazer tudo, mas no fim todos morrem

Namorados
- menino faz um elogio – não consegue tirar o olhos dela e prossegue com doçura

Irene no céu
- pessoas do cotidiano – mulher mulata e sempre de bom humor
- tem lugar certo no céu
Bonachão = bom e bem humorado

Vou me embora para Pasárgada
- evasão – fuga
- o cá de Manuel é toda a realidade que ele vivia (Portugal para Gonçalves Dias)
- o lá de Manuel é um lugar perfeito (Brasil para o mesmo)
- ambos buscam o lá porque assim conseguirão a felicidade
- as vantagens de ser amigo do rei é estar acima da lei e ter acesso a todos os privilégios
- transgressão das normas da boa conduta – drogas e prostitutas
- non sense para alcançar a liberdade total
- ações simples são supervalorizadas lá, porque o autor aqui na realidade é incapacitado pela sua doença de viver uma vida sem restrições


Os Sapos
- atitudes de deboche, ironia, crítica em relação aos parnasianos – aguados, sem graça, parnasianos são sapos, pai de Olavo Bilac não foi à guerra
- principal objetivo dos modernistas inicialmente era criticar os parnasianos
- criticam a perfeição da linguagem tão aspirada – Profissão de Fé de Olavo Bilac
- satirizam o culto à forma, busca pela perfeição formal, arte pela arte
- crítica à arte que foge dos problemas da realidade
- parnasianos deixaram de fazer poesia – há somente meios de fazer poemas sem entre linhas
-o sapo cururu – comum e sem glória – modernos que ainda não eram reconhecidos enquanto os outros recebiam toda a atenção
- tornariam a literatura acessível

Poética
- poemas de punho metalingüístico (poesia que trata da poesia)
- crítica aos parnasianos e definição do que deveria ser a poesia moderna
- crítica ao lirismo (expressão das emoções) que segue padrões, bem comportadom rotineiro, burocrático – sempre o mesmo
- crítica a aquela linguagem rebuscada dos dicionários – queriam atingir a um público maior
- tudo deveria ser aceito – inversão sintática, estrangeiro, rimas irregulares – infringindo a gramática
- poesia não deve ser matemática – não existem manuais
- ele quer o lirismo do exagero, dos bêbados, dos palhaços, e dos loucos – tem a liberdade de se expressarem da maneira como querem
Liberdade acima de tudo – lirismo sem limites



  


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