PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL
Tema:
Minorias e Representatividade
TEXTO 1
O termo “minorias”
é usado de forma genérica para fazer referência a grupos sociais específicos
que são entendidos como integrantes de uma menor parte da população, sendo
diferenciados por suas características étnicas, religiosas, cor de pele, país
de origem, situação econômica, entre outros. As minorias estão geralmente
associadas a condições sociais mais frágeis. Um exemplo claro disso são os
indígenas, que permanecem em situações de risco no confronto com grileiros,
madeireiros ilegais ou fazendeiros que desmatam florestas ilegalmente.
TEXTO 2
A representatividade é uma coisa que deve ir além de
ocupar um espaço burguês, mas, sim, trazer avanços às minorias. Fernando
Holiday é um vereador de São Paulo, que é negro e gay, porém tem discursos
liberais e contra a população negra. Obama, ex- presidente estadunidense, governou por dois mandatos, e deu direitos aos
LGBTQs, porém financiou guerras em certas partes do mundo e seu governo está
marcado com a intensificação dos conflitos raciais entre negros e policiais.
TEXTO 3
Justo
quando “Pantera Negra” arrecadou mais de 700 milhões de dólares em bilheteria,
um estudo da universidade UCLA insiste na dura realidade: as mulheres e as
minorias estão “notavelmente sub-representadas” em Hollywood.
O informe “Cinco
anos de progresso e oportunidades perdidas”, publicado, indicou que “tanto no
cinema como na televisão, as mulheres e as minorias permaneciam notavelmente
sub-representadas em todos os âmbitos em 2016”.
Informes “demonstraram
repetidamente que os filmes e séries de televisão com elencos adaptados à
diversidade dos Estados Unidos tendem a registrar as maiores bilheterias e
avaliações”. “Pantera Negra” é uma prova disso: 403,6 milhões de dólares em
apenas 10 dias nos Estados Unidos e Canadá e mais de 700 milhões no mundo,
ainda sem ter estreado em países como China ou Japão, dois dos maiores
mercados.
O
filme pôs fim a um velho mito de que produções com atores negros não vendiam
bem no exterior. O mesmo aconteceu com “Mulher Maravilha” com as mulheres, de
modo que os estúdios entendem que podem ganhar grandes quantidades de dinheiro
apostando em projetos não desenhados apenas para homens brancos. “A crescente
audiência diversa dos Estados Unidos demanda ao cinema e à televisão conteúdo
com personagens cujas experiências se pareçam com às deles, que se pareçam com
eles, com os que possam se relacionar”, diz o estudo.
“Ainda
há um longo caminho pela frente antes de que as mulheres ou as pessoas negras
consigam representação proporcional entre os atores de televisão e cinema, mas
ao menos a tendência aponta na direção correta”. O estudo, dirigido por Darnell Hunt do Centro Ralph J. Bunche Center para
estudos afro-americanos da UCLA, destaca que a mesma diversidade escassa se
aplica atrás das câmeras, entre diretores, produtores, etc. Segundo o
estudo, as minorias – negros, latinos, asiáticos – continuam pouco
representadas em papéis principais de cinema (13,9%) ou televisão (18,7%),
direção de filmes (12,6%) e roteiro (8,1%). As mulheres também: 6,9% dirigiram
filmes e 31,2% tiveram papéis principais no cinema e 35,7% na TV. O estudo se
baseou na análise de 200 filmes de 2016 e 1.251 programas na TV aberta, a cabo
e serviços de streaming. Em 2016, filmes com elencos negros tiveram sucesso,
como “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, vencedor do Oscar de melhor filme, e os
indicados “Um Limite Entre Nós” e “Estrelas Além do Tempo”. Fonte: http://www.cineset.com.br/estudo-revela-baixa-representatividade-de-mulheres-e-minorias-em-hollywood/
TEXTO 4
Pelas mãos de brancos, em um país que viveu séculos de escravidão,
mulheres negras foram imortalizadas como estereótipos nos clássicos da
literatura brasileira. A mulata hipersexualizada, a escrava, a negra burra, eram
as únicas personagens que surgiam dentro do universo literário durante a maior
parte do século XIX e XX. Mesmo quando as mulheres começaram a se auto
representar, principalmente a partir de 1970, e tomaram para si a tarefa de
escreverem sobre si mesmas, pelas suas próprias mãos, a presença da mulher
negra na literatura brasileira, devido às raízes históricas, continuou sendo
pequena .
Maria Firmina dos Reis,
tida como a primeira romancista brasileira, publicou “Úrsula”, em 1859,
primeiro romance abolicionista; Conceição Evaristo, autora mineira
contemporânea, representa mulheres negras nas formas mais diversas possíveis,
tanto na descrição da violência machista e racista, até na descrição da
descoberta do amor e da sexualidade; Carolina Maria de Jesus, escrevia em seus
cadernos o cotidiano da favela, apesar do pouco estudo, dando origem ao livro
“Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”, publicado em 1960, traduzido para
treze idiomas e vendido em mais de 40 países.
De acordo com dados do IBGE de 2010, 50,2 milhões de brasileiras são
negras, mas, para Odete Cristina, mulher, negra, estudante de Letras pela
Universidade de São Paulo, com textos publicado sobre a representatividade
afrodescendente feminina na literatura, elas são a maioria entre os
explorados e oprimidos, o que faz com que exista uma dificuldade material
concreta em ter tempo para produzir arte e literatura, além do apagamento e
inviabilização por conta do racismo e machismo estrutural.
Segundo o relatório
“Retrato das Desigualdades de Gênero e de Raça”, divulgado neste ano, pelo
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), as mulheres negras recebem
60% a menos que os homens brancos. De acordo com Odete, elas “ocupam os postos mais precários de trabalho,
sendo muitas vezes as únicas responsáveis por sustentar uma família inteira e
jovens são obrigadas a parar de estudar para trabalhar e ajudar na renda
familiar”, nesse cenário, conseguir escrever e produzir sua arte é
um ato de resistência.
haaaaaa lhe encontrei pesquisei no tio google ate encontrar a vossa senhoria kkk,(brincadeiras a parte). Professora tive a honra de ser sua aluna, aprendir muito com a suas aulas, onde a gente aprende da maneira mais simples e espontanea. obrigada linda.
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