ANÁLISE DO TEMA "MULHERES NA CIÊNCIA"


 

*O processo histórico da evolução da mulher no mercado de trabalho e na educação foi sendo construído através de um longo e árduo caminho, percorrido em meio ao desenvolvimento de um sistema patriarcal e excludente;

Como qualquer atividade humana, a ciência está inserida na estrutura social vigente, organizada a partir da perspectiva masculina;

Negligenciadas pela história, que ressaltou mais os feitos dos homens, as mulheres também fizeram e seguem fazendo a diferença no mundo científico. Há registros de descobertas femininas milhares de anos antes de Cristo;

* Hegel: a humanidade é explicada por seu processo histórico;

* Sofrem muitas discriminações e ainda é considerada inapta para muitas áreas, principalmente na ciência, área em que elas têm dificuldades de chegar aos postos mais altos, por serem ambientes considerados propício ao sexo masculino. Quando a palavra cientista é citada, muitas vezes ela é associada a exemplos masculinos como Newton, Einstein e Darwin;

* Modernidade Sólida, de Zigmunt Bauman;

* Obras cinematográficas: "Outlander"; "Estrelas além do tempo";

Promulgada pela ONU em 1948, a declaração dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à igualdade de gênero e ao bem-estar social;

* Machismo estrutural;

* Ineficácia estatal na desigualdade de gêneros. Incapacidade das esferas públicas de exercerem seu poder simbólico e a garantia dos direitos constitucionais;

* "Assujeitamento", Michel Pêcheux;

* "Capital Cultural",  de P. Bordieu;

o machismo é algo que contribui cada vez mais para que um gênero seja mais favorecido que o outro, nesse caso o sexo feminino é ditado como frágil, incapaz,desinstruído, entre outros. Sendo o masculino considerado o de “Força maior” em todos os aspectos, acarretando diversos problemas como salários inferiores para as mulheres, o feminicídio que desencadeia a morte de centenas de mulheres, etc.

* Fruto de uma cultura judaico-cristã, a sociedade brasileira carrega consigo suas raízes patriarcais, as quais refletem um cenário contemporâneo problemático. Vistas, desde sempre, como objetos de submissão ao homem, as mulheres sofrem as consequências de tal tratamento;

Londa Schiebinger, professora de história da ciência na Universidade Stanford, identifica três fases na incorporação das mulheres à ciência. A primeira é a representatividade – mulheres ocupando postos de trabalho. A segunda é a mudança da cultura científica, isto é, lidar com questões como assédio e maternidade. A terceira é uma mudança metodológica, incorporando as questões de gênero, quando pertinentes, ao fazer científico;

Hoje, as mulheres já compõem boa parte da comunidade científica. No Brasil, superam os homens em número de doutorados defendidos por ano;

Entre outros desafios, as mulheres precisam, constantemente, provar que são tão ou mais capazes do que os homens, enfrentando assédio moral e, às vezes, sexual; contornar os custos profissionais implicados na maternidade; e conquistar espaço para questões científicas decorrentes de sua condição feminina, apresentando problemas e perspectivas que enriquecem a ciência como um todo. 

* Exemplos não faltam. Na área da saúde, a pesquisa básica costuma usar como modelo animais machos, ignorando diferenças fisiológicas entre os sexos, como a influência de hormônios em tratamentos medicamentosos. Na demografia, a inclusão como objeto de estudo de questões como a violência doméstica tem importantes implicações em debates sobre políticas públicas em diversas áreas. A primeira reportagem que compõe a capa desta edição se dedica ao impacto da presença de mulheres na ciência e da discussão sobre gênero nos resultados de pesquisas científicas (página 18); a segunda traz números positivos em termos de avanços na representatividade e ao mesmo tempo mostra que ainda há muito a ser feito;


 


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