PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

 

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I



Fonte: Google.

TEXTO II

Vacinar ou não vacinar: eis a questão [...] Hoje, a ciência considera a vacina como um dos maiores avanços na história da saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2 a 3 milhões de vidas são salvas anualmente com a vacinação. “É uma das intervenções de saúde pública mais eficientes e com maior êxito”, diz a instituição em seu site. Como política pública, a imunização é essencial para erradicar doenças endêmicas e reduzir a mortalidade infantil, explica Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. “Antes, tínhamos milhares de óbitos e casos de crianças com sequelas. Havia enfermarias especiais apenas para pólio, por exemplo. Hoje você não vê mais isso”, afirma. Segundo a OMS, a mortalidade mundial por sarampo caiu em 74% de 2000 a 2010, graças à intensificação das campanhas de vacinação. Já a incidência de pólio diminuiu 99% entre 1998 e 2010. Apesar dos números, o assunto dá pano para a manga. Há basicamente três motivações por detrás da recusa em vacinar os filhos. A primeira, religiosa (“Deus deve decidir se meu filho adoece ou não”). A segunda busca evitar a “artificialidade” da vacina (mesmo que ela seja produzida com base em um agente da natureza, como fragmentos de vírus e bactérias). A terceira, por fim, questiona o lobby da indústria farmacêutica e teme supostas reações adversas, em um leque que vai do autismo à narcolepsia. [...] Movimento antivacina brasileiro. Nos Estados Unidos e na Europa, o movimento é relativamente forte – muito porque a vacinação é feita em clínicas privadas e fica a cargo dos pais, o que de certa forma retira da equação os agentes de saúde e seu trabalho de conscientização. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase todos os estados liberam crianças das vacinas por motivos religiosos. No Brasil, contudo, a agitação ainda é incipiente. [...] O motivo para a adesão mais forte na terra brasilis é simples: uma ampla política pública que inclui vacinar de graça a população e explicar, desde o pré-natal da mãe, a importância de imunizar o bebê. Assim, a cultura de proteção passa de mãe para filho. Isso ocorre desde 1976, quando foi instituído o Programa Nacional de Vacinação, que assegurou a oferta gratuita de doses pelo SUS e passou a obrigar os pais a imunizarem os filhos. Logo após nascer e antes de sair do hospital, por exemplo, o bebê nascido no Brasil precisa ter recebido injeções contra BCG e hepatite B. [...] [...] em fevereiro deste ano [...] um casal de São José do Rio Preto, São Paulo, [...] ganhou fama após impedir a vacinação do filho recém-nascido. O hospital da cidade entrou com um pedido na promotoria da vara da Infância e da Juventude e o juiz decidiu que a criança deveria ser imunizada. Em sua justificativa, a mãe alegou que queria vacinar o filho na Bélgica, país de origem de seu marido e pai da criança. Mas religião, também, exerce sua influência aqui no Brasil. Foi o caso da campanha de vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, em 2014, que enfrentou resistência da comunidade evangélica. A justificativa era de que, uma vez imunizadas contra o vírus transmitido sexualmente, as jovens se sentiriam seguras para iniciar relações sexuais [...]. Faz mal? Vacina é um remédio. E, como qualquer outro, pode apresentar contraindicações e efeitos colaterais. Na maioria dos casos, alérgicos a um componente do medicamento ou pacientes imunossuprimidos (caso de quem enfrenta câncer ou tem AIDS) não podem receber injeção. Mas e quanto a indivíduos com a saúde em dia? É grande a possibilidade de aparecer alguma consequência preocupante. “Algumas vacinas têm efeito colateral, sim, como febre ou dores. Mas, a nível de saúde pública, não há justificativa para deixar de vacinar uma criança. Isso pode causar surtos e infecções de doenças já erradicadas e que estão presentes em outros países”, diz a presidente Luciana Rodrigues, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2018.

TEXTO III



Fonte: Google.

TEXTO IV

Os antivacinistas afirmam que as vacinas começaram a ser usadas quando as principais doenças infecciosas já estavam em declínio, vencidas pelas defesas naturais do organismo. Ou seja: a erradicação das doenças seria resultado de fatores como a redução da pobreza, a melhoria da alimentação e das condições de higiene e de saneamento a partir da segunda metade do século XIX. Não seria consequência direta da vacinação. Nos Estados Unidos, afirma Harold [Buttram, membro da Academia Americana de Medicina Ambiental], o índice de mortes provocadas pelo sarampo declinou 95% entre 1915 e 1958. A vacina contra a doença só foi criada em 1964. O mesmo se deu com a coqueluche na Inglaterra, cuja incidência diminuiu 82% de 1900 a 1935. Antes do início da imunização em massa naquele país, que só foi acontecer na década de 1940. [...] Os holísticos e os antivacinistas respondem em uníssono quando a pergunta é o que fazer para evitar doenças sem vacinas: cuidar bem do “terreno”. Ou seja, manter as condições que garantiriam o bom funcionamento do sistema de defesa do organismo. Além de alimentação adequada, compõe a receita a exigência de praticar exercícios, dormir bem e evitar hábitos agressivos à saúde (álcool, fumo, drogas), a poluição ambiental e as situações estressantes. [...] A dúvida é se isso basta. “Gostaria de saber se um desses críticos das vacinações se recusaria a tomar a vacina antirrábica se fosse mordido por um cão raivoso”, diz Cláudio [Pannuti, especialista do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo]. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2018.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema: O movimento antivacinas e seu impacto na qualidade de vida do brasileiro. Apresente uma proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista. Se julgar necessário, proponha um título para seu texto.

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