PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema As favelas brasileiras na dinâmica das cidades, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Doze milhões de brasileiros moram em favelas. Se, todas juntas, elas formassem um estado, ele seria o quinto mais populoso do país, capaz de movimentar R$ 64,5 bilhões por ano. Quase dois terços de seus moradores têm menos de 35 anos. E, entre todos, 62% têm orgulho do local em que vivem. Quem divulga ao público esses dados é o livro Um país chamado favela, de autoria de Renato Meirelles e Celso Athayde. [...] Mas o livro não trata apenas de dados. Os autores pretendem, através de histórias de vida, personagens e análises contextuais, desmistificar o território dos morros e comunidades – ainda encarado como um corpo estranho para quem é “do asfalto”.
BLUMEN, Felipe. A favela é o local mais antropofágico do Brasil. Catraca Livre, 6 ago. 2014. Seção Urbanidade.
Disponível em: <http://catracalivre.com.br>. Acesso em: 7 out. 2015
TEXTO II
O pensamento contemporâneo entende a favela como um fenômeno urbano que se configura no território, sendo,
portanto, parte integrante da cidade, um dos elementos da morfologia urbana que conformam seu desenho.
Dessa forma, não é mais possível aceitar o conceito de favela centrado em parâmetros negativos, os quais se
sustentam em torno das ideias de ausência, carência e homogeneidade, e tomam como significante aquilo que a favela
não é em comparação com um modelo idealizado de cidade. [...]
Só a partir desse entendimento – das favelas como parte integrante da cidade – é possível dar início à elaboração
dos projetos de urbanização, os quais não serão o “espelho da cidade convencional”; ao contrário, os projetos para
as regiões periféricas, caracterizadas por toda sorte de precariedades, devem apostar em uma definição baseada em
novas relações de espaço, tempo e distância próprios, que entendam as rupturas e a ordem das diversas ocupações.
FRANÇA, Elisabete. Urbanismo na cidade informal. A Cidade Informal no Século XXI.
Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2015.
FONTE: http://download.uol.com.br/educacao/aquecimento_enem_propostas_redacao.pdf
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