PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXT

 

Tecnologia e saúde mental: rivais ou aliadas?

Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Tecnologia e saúde mental: rivais ou aliadas?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I



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TEXTO II

A internet e as tecnologias estão cada vez mais presentes na nossa vida e já não há dúvidas de que esses recursos modificam o comportamento das pessoas. Ainda que proporcionem inúmeras facilidades, alguns especialistas ressaltam o impacto emocional e social gerado por elas. Hoje, por exemplo, sabe-se que o uso das redes sociais exige atenção, pois elas interferem diretamente nos quadros de depressão e ansiedade dos usuários. Assim como o tipo de conteúdo consumido pode influenciar na saúde mental das pessoas, o tempo dedicado às telas também tem forte impacto na rotina, no humor, no ciclo do sono, no comportamento alimentar e nos relacionamentos. Conforme explica o psicólogo da Unimed VTRP, Luis Fernando da Veiga, essas alterações emocionais acontecem devido aos marcadores socioculturais que instituem padrões ideais de beleza, comportamento e felicidade. “Eles fomentam a sensação de despertencimento, desvalor e desamparo. Esses atravessamentos podem somar a quadros de depressão, estresse, ansiedade e condutas autoagressivas e autolesivas”, afirma. Mas é importante ressaltar que o uso das tecnologias e redes sociais não é o único fator que desencadeia os transtornos mentais, afinal, as doenças são diagnosticadas como multicausais. “Ou seja, é um conjunto de fatores que fomentam os quadros clínicos”, esclarece o psicólogo. Pesquisas mostram que o uso das telas pode alterar o funcionamento do cérebro, principalmente no que se refere aos neurotransmissores do bem-estar. As tecnologias, quando em excesso, potencializam esse funcionamento de uma maneira não saudável e, inclusive, causam fenômenos de dependência. “Devemos considerar alguns níveis de dependência com o sistema de recompensa cerebral, principalmente abarcando as moléculas de dopamina, uma das responsáveis pela motivação e pelo prazer”, alerta da Veiga. Hoje já se sabe que o uso excessivo de telas dificulta a concentração, o raciocínio e a memória, o que implica no pensamento crítico, na criatividade, aprendizagem e comunicação. Por isso, saber dosar o tempo conectado é fundamental, principalmente para as crianças e adolescentes. Disponível em:<https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2021/01/como-tecnologia-pode-ajudar-cuidar-da-saude-mental-em-tempos-de-pandemia.html> 

TEXTO III

O olhar sobre o uso abusivo das tecnologias como smartphones, games e internet ganha novos contornos à medida em que a sociedade se percebe incapaz de se “desconectar”. No debate “O preço da conectividade | Estamos viciados?”, organizado pelo UM BRASIL em parceria com a revista Problemas Brasileiros (PB) e o Centro Ruth Cardoso (CRC), o psiquiatra e diretor técnico da Clínica Greenwood, Cirilo Liberatori Tissot, e o psicólogo com mais de 30 anos de experiência Cristiano Nabuco traçam um paralelo do contato indiscriminado com a tecnologia e outras dependências, como o alcoolismo. “A grande preocupação é que estamos praticamente vivendo um problema de saúde pública, mas ela entrou pela porta dos fundos, mascarada dentro de uma perspectiva de entretenimento, as pessoas ainda não se deram conta da gravidade. É um processo que ativa os circuitos dopaminérgicos, é um vício, uma dependência como outra qualquer”, observa Nabuco, na conversa mediada por Thais Herédia. Para Nabuco, essa dinâmica – na qual é preciso ter sempre acesso a mais informação e por mais tempo – compromete o funcionamento do nosso cérebro e incapacita o indivíduo de fazer associações mais profundas. O psicólogo destaca ainda que o imaginário comum de que o uso constante da internet poderia tornar a humanidade mais inteligente não se sustenta em razão do resultado de recentes pesquisas.

Crianças e jovens

O estímulo das redes sociais, por exemplo, mantém o usuário conectado o máximo de tempo possível na espera por likes, espécie de bônus que a pessoa adquire na internet. Esse método de reforço intermitente é igual ao encontrado na base das dependências do jogo patológico e atrai de forma fácil crianças e adolescentes, que ainda não têm condições biológicas de lidar com esse mundo virtual de forma saudável. “O processo de maturação cerebral só vai ser finalizado após os 21 anos. Então, o jovem não tem a estrutura totalmente finalizada para poder exercer esse controle”, esclarece Nabuco. Disponível em:<https://umbrasil.com/videos/estar-sempre-conectado-pode-se-tornar-problema-de-saude-publica/>

 

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