PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL - PADRÃO UFT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)


PROVA UFT 2020.1

PROVA DE REDAÇÃO

INSTRUÇÕES:
Observe,rigorosamente,as orientações e informações a seguir.
1. Seu texto deve ser escrito com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, na folha própria, em até 30(trinta)linhas.
2. A redação que apresente até 7 (sete) linhas escritas será considerada― texto insuficiente er e ceberá nota zero.
3. 

Desenvolva seu texto dissertativo argumentativo em prosa, com letra legível e sem rasuras. Não redija narração, nem poema.

4. fuga total ao tema,a cópia total ou parcial da coletânea dos textos apresentados ou o desenvolvimento de outro tipo de texto que não o proposto ANULAM a redação.
5. A inserção de qualquer desenho, recado, orações ou mensagens, inclusive religiosas, nome, apelido, pseudônimo ou rubrica também ANULA a redação.
TEMA
A FOME E SEUS IMPACTOS NO CONTEXTO BRASILEIRO
TEXTO I
TEXTO II
COMO É A SITUAÇÃO GLOBAL DA FOME?
O problema da fome é latente nos países em desenvolvimento e a maior parte da população pobre e subnutrida vive nas áreas rurais, onde a agricultura familiar prevalece como o modo de organização de produção. Seguindo essa tendência, aproximadamente 75% da população pobre mundial vive em áreas rurais – essa taxa pode ser ainda maior em países de baixa renda. Assim, pequenos agricultores possuem quatro vezes mais chances de serem pobres do que qualquer outro indivíduo empregado em um setor diferente da economia, o que respalda diretamente na sua renda e na verba que poderá destinar à sua alimentação e à de sua família.
POR QUE O PROBLEMA DA FOME EXISTE?
Quem não conhece o problema da fome pode pensar que a causa é simples: ―não existe produção de alimentos suficiente no mundo para suprir as necessidades dos 7 bilhões de indivíduos nesse planeta‖. Mas esse não é o caso, a questão é mais complexa. Algumas causas da fome: deficiência na distribuição de alimentos; desperdício de alimento; pobreza e a insegurança alimentar.
Vamos entender agora o que o ciclo da fome gera:
 Capacidade de realização de atividades físicas reduzida: pela falta de alimentação ou alimentação precária, consequentemente o potencial de trabalho daqueles que sofrem com a fome será afetado.
 O desenvolvimento físico e mental da pessoa é prejudicado: a subnutrição e falta de alimentação retarda o crescimento infantil, deixa sequelas nas habilidades cognitivas e diminui o desempenho e a presença escolar.
 Danos a longo prazo para a saúde, aumentando a probabilidade de doenças e morte prematura. Os problemas são transmitidos de uma geração para a outra: crianças nascidas de mães desnutridas já começam a vida com dificuldade, por conta do baixo peso e deficiências nutricionais causadas no período da gestação.
 Gera instabilidade política e social, dificultando ainda mais os esforços dos Estados em reduzirem a pobreza.
Esses fatores têm impacto em diversos níveis: individual, comunitário e governamental. Por conta disso, a fome (e a pobreza) não é um problema fácil de ser erradicado, requerendo várias linhas de ações diferentes.
Fonte: Disponível em: https://www.politize.com.br/fome-no-mundo-causas-e-consequencias/. Acesso em: 11 agost . 2019. (texto adaptado).

TEXTO III
Porcentagem de domicílios em Segurança Alimentar de acordo com as regiões, entre 2009 e 2013.
Fonte: PNAD/IBGE. Disponível em: http://mds.gov.br/area-de-imprensa/noticias/2015/novembro/novo-relatorio-da-fao-destaca-papel-do-brasil-no-combate-a-fome. Acesso em: 11 agost. 2019. (texto adaptado).

TEXTO IV
Brasil e o Mapa da Fome O maior avanço socioeconômico no Brasil nas últimas décadas foi a retirada de quase 40 milhões de pessoas da pobreza extrema, em razão, sobretudo, de diversos programas de proteção social. Tal feito foi determinante para que o país reduzisse significativamente o número de pessoas sofrendo de fome. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros em situação de desnutrição crônica caiu 82% entre 2002 e 2013. Com base nos dados fornecidos à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo IBGE, o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI, na sigla em inglês), de 2014, indicou que, no Brasil, em 2013, menos de 5% da população padecia de fome. O Brasil atingia níveis semelhantes aos de países desenvolvidos, no que se refere à porcentagem de pessoas desnutridas. Há consenso entre as agências da ONU de que, quando a desnutrição crônica atinge menos de 5% da população de um país, o problema da fome deixa de ter características endêmicas e limita-se a determinados bolsões específicos. O Brasil, portanto, deixava o Mapa da Fome no Mundo. A partir de 2016, no entanto, líderes nacionais e diversos veículos de comunicação começaram a ventilar a possibilidade de a fome voltar a assolar as famílias brasileiras mais vulneráveis, em razão da crise econômica, do desemprego crescente e da redução dos gastos dos programas de proteção social. Tal contexto poderá resultar, de fato, no retorno do Brasil ao Mapa da Fome? Sim, já que a pobreza é um dos principais fatores no mundo que impedem o acesso da população aos alimentos, depois dos conflitos armados e dos impactos da mudança do clima. Dados recentes, divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, sinalizam um aumento da extrema pobreza no país em cerca de 11% de 2016 para 2017 (de 13,3 para 14,8 milhões de pessoas). Tal incremento da pobreza extrema poderá, sim, refletir no aumento do número de pessoas que passam fome no país. É importante, também, mencionar que o aumento da pobreza traz outras consequências negativas para a sociedade, de efeitos mais duradouros: outras formas de má nutrição, mortalidade infantil, aumento de doenças transmissíveis, baixo rendimento escolar. O que está em jogo não é se o Brasil voltou ou não ao chamado Mapa da Fome em 2017 (que vai ser refletido no SOFI 2018), mas sim o futuro. É preciso evitar que um eventual avanço da fome aconteça também nos próximos anos e décadas. Para isso, além dos gastos públicos com programas sociais, é fundamental também promover um crescimento inclusivo e substantivo – muito além dos atuais 1% ao ano –, e que gere empregos de qualidade. Fonte: Disponível em: SILVA, José Graziano da. Jornal do Brasil. Disponivel em: https://www.jb.com.br/pais/artigo/2018/09/3191-o-brasil-e-o-mapa-da-fome.html. Acesso em: 11 agost. 2019. (texto adaptado).
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua vivência, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A fome e seus impactos no contexto brasileiro, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.








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